Ah! que saudades daqueles tempos de criança quando tudo ainda era novidade e o mundo me parecia um lugar mágico que nos tinha sido oferecido de presente para nosso contentamento. Recordo vividamente o prazer do acordar para um novo dia e essa recordação é-me cara. Só é pena que nos esqueçamos disso à medida que crescemos. Ė estranho como evoluímos e nos transformamos tanto no decurso de uma única vida, e tão pouco enquanto espécie ao longo de duzentos mil anos. Durante milhares de anos e em biliões de lares, homens e mulheres têm-se amado e continuarão a amar-se e filhos continuarão a nascer e eu sou apenas mais um entre eles. Como é que algo tão precioso para um é tão insignificante no contexto da espécie?
